quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

em termos de relacionamento, sinto como se eu não fosse uma boa carta, aquela que dá sorte e faz crer numa boa jogada. desenvolver esta minha metáfora me leva a termos mais sutis: não sou uma carta na mão, não posso e não quero ser uma carta na manga, não sou uma carta na mesa. não valho um coringa pra um jogo sujo, não ocupo espaços vazios, não emendo o jogo. não sou uma carta impossibilitada no morto. para os mais requintados não contribuo para um royal flush; para os menos elegantes não faço vezes de gato e comigo nunca dá pra pedir truco. afinal, que nasceu valete não se mete a rei, o amor não vale trinca. não sou um ás indomável, nem mesmo uma falsa dama ou um renegado nove de paus. sou, neste jogo, a carta fora do baralho, embora, em tese, qualquer carta pode somar 21.

2 comentários:

  1. Munasqa, esquecestes de consultar os oráculos e em matéria de jogo há sempre mais de um. Te preocupas com os números e esqueces que para além dos jogos a tua carta de valor pode corresponder a importante dama do Tarô.Podes também ser o sol,e a isso deves somar , lembrando a figura onipresente de Inty.Então serás sempre o dourado dos medalhões trabalho com requinte adornando accla do sol, pois vales para além de um simples rei de ouro das cartas do ocidente.

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  2. Poeta da madrugada,

    tomei a liberdade, assim como toma-se um vinho, e brindei sua "meta-phora"...

    P.S.: tem gente que te admira.

    Anônimo.

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