Talvez seja hora de recomeçar a escrever, retomar a sintaxe fragmentária e obscura, embora nunca possa saber ao certo se um complemento ficou pendente ou não. É engraçado pensar nos caminhos que as coisas podem tomar, nas trilhas, no aberto, como circulação sanguínea, as palavras tem seu próprio circuito. Pensei em dar algumas diretrizes a este espaço… mas nunca consigo defini-lo em sua própria captura. É, não sou essencialista. Quando penso em desistir, deixar as palavras nos bolsos, nas mangas, ocultas debaixo da língua… os repentes acontecem. Eu gostaria de tentar escrever sobre algo ao certo, uma diretriz menos autobiográfica, menos sobrevivente, menos aterradora… talvez precise de um pouco mais de tempo para pensar para além desta voz egocêntrica que narra silenciosamente as mesmas histórias, sem alterar nem tempo, nem personagens. É a mesma cena congelada pela janela tantas vezes. Quem sabe possa encontrar ao menos as minhas perguntas.
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