quarta-feira, 3 de junho de 2009

Para um não-leitor de Derrida

as coisas se acumulam no vão, aqui e ali. três ou dois foucaults, dois barthes e um menino vindo da argélia. cartas e papéis que simulam gestos. documentos. um cachimbo largo cheio de... sons. quase um trombone de vazios. gramofone de gestos e mãos sem lucas. um disco de rita lee. dois. três. alguns. o táxi que voa aqui, resvala. não há o ouriço. não há força. a voz que fica é aquela que não é. com pontos e punctuns. sem latim. o gesto máximo é um abandono. abandono de juízo. com algum saudosismo: kant canta e grita. esmurra! meu bataille batalha a bastilha de um olho que eu escondo e não digo onde. sem rodapés imito milliet. vários papéis colados e alguns papelotes. esbaforo feito mallarmé. ai, alguém autorizado a falar. o belletrismo desses olhos cegos que se fecham. suspensas as palavras rumorejam. e tem tantas coisas. quilos e litros de matéria morta com algum jargão. meu kitsch ainda quer ser chic. não leio mais jornais e acaricio meu gato.

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