segunda-feira, 7 de novembro de 2011

talvez eu quisesse dizer mais do que posso.
tricotando lágrimas em tricoline.
diria aquelas palavras que esqueces
que não sabes
que não digo
puxando com os dentes para desatar o nó
respirando no imerso da dúvida
mergulhando os dedos em ácido
solitariamente
o corpo em queda
não teço nada
não me enfeito
os espelhos cobertos com veludo negro
as mãos vívidas
os olhos chorando no banho quente
vapor atraindo o céu
fazendo nuvens
o coração em compasso lento
toca pianíssimo
nenhuma melodia
mas se dissolve
naquele entre estender de luvas
na mão que se recolhe
no afundar do rosto no travesseiro
no mínimo vislumbre de delírio