sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

à procura do passado passado

sem chance. eu durmo sozinho. uma mão na escuridão é o que toca as costas. o corpo suado depois da dança. o corpo encontrado quando as cortinas, do palco, do quarto, se fecham. houve, há tempos, praia, céu estrelado, abraços mais quentes e finos. beijos. a febre posta nas palavras. dois anos, talvez um pouco mais. o passado não há. não volta. é preferível as fotografias aos velhos fantasmas. é preciso descansar. e agora esta dor no joelho, do passado, direto do ballet. a água escoa pelas costas. o banho. o sono. as pálpebras que nunca se fecham. sem segredos ou cadeados. meu livro ainda será escrito por outras mãos.

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