eu comecei um romance, não um real, mas talvez. rosto e nome descobertos. o que se faz? há a agonia, a noite, o dia, co-significando luz-&-sombra. sem colorido, não adormeço. não me pela para te contar meu último conto de fadas. eu não sei me valer de metáforas, mas disparo na língua como ninguém. sou insuperável no descontrole: minha atribuição errônea sempre acerta, mesmo quando não penso no erro, meu estopim narrativo sempre se fecha sobre si e minha livre associação é treinada e muscular. não escapo ao teu divã. tive conversas estranhas hoje. tive silêncios estranhos hoje. tive isto. anotei o muxoxo de canto. tive o vazio futuro por perto e você nem soube me perguntar como eu realmente estava, mas onde você estava mesmo?
talvez eu devesse realmente aceitar a proposta, fugir, duas horas daqui. suspender o centro, a braxília fugaz. eu não sei o que esperar de teu silêncio. eu penso mais do que eu realmente consigo escrever, acredite.
5 horas da manhã. eu desabroxo meus paradoxos. não vou escrever sobre eles. estou muito à friedrich schilling, que você não entende, certamente, você não o conhece....
meu corpo está quente, confuso, quente.... não desliga a máquina que não dorme.
"...vem dormir comigo, me abraçando no escuro, afastando os fantasmas..."
brinco de estrela-do-mar enquanto durmo. agora penso que deveria escrever um bom conto de porn-art. é mais fácil entender as coxas contra coxas, o beijo, o vazio dos nomes, os encontros furtivos e fortuitos.
eu desenho pra escapar ao pensamento.
sou o contrário do personagem que invento. a cacofonia não é intencional, é eco.
eu me perco e não me acho.
que sou quando retiro a maquiagem diante do espelho?
você seria capaz de manter a carta que te envio cerrada para abrir só daqui uns 50 anos?
que me diz?
...
talvez seja rude, mas seja simples assim. sem sucesso, obviamente.
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