o berachoth talmúdico, 14.1, diz que aquele que passa 7 noites sem dormir merece ser chamado de mau. talvez, nestas minhas insônias merece ser chamado de mau. talvez até saiba o porquê de ser mau. não importa. há algo que vai esvaziando lentamente as palavras. já não sei mais o que escrever ou como, como dizer ainda. talvez eu espere ainda. talvez não. o telefone suspende a voz distante. a ruga ali, no canto do olho, se acumula como uma lágrima. as minhas veias desenham um mapa no pulso, um mapa do limite azul da vida. eu cifrei um texto, quem sabe no futuro. a cinderella anda descalça, num biquíni minúsculo, bronzeando o fundo dos desejos masculino. o príncipe, garoto lindo, gay... talvez o parasempre não dure tanto neste pseudo-conto de fadas post-moderno. talvez o que nos atropele seja a necessidade, a isto, que corrompe a ponta dos dedos. talvez você não saiba o que quero... chaveio o significante.
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