(uma piscadela à lusbel)
Eu, o corpo, o copo, o sakê, o nada, o deserto e os livros. E a pergunta fatal: há alguém aí? Ai… alguém há, responde o Eu. He bowed and walked quietly out of the room, closing the doors carefully and slowly. Er weint aus Verzweiflung.
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Deveria ter dito não ao primeiro contato, evitado o contágio, na minha pele sem destaque. O salão, a escada, a fome. A fome isto que come as palavras e evita que o rosto apareça nos reflexos laterais. Não sei dizer da cor dos meus olhos, é terrível, não consigo inverter este olhar. Perché è un mistero? Não sei o quanto vale delirar. Três tempos se chocam sempre. Geh diese straße entlang. Os gatos brigam na minha janela. A solidão alivia a verdade e a mentira no limite de mim. Como agüentar as estripulias gráficas deste mapa? Não sou católico a ponto da morte pelo universal que não me interessa, nem Joana d’Arc a acender a fogueira, apagando-se pela salvação. Algum resto de ilusão nas nuvens azuis de fumaça das chaminés dos palacetes? Quem de nós dois desistirá primeiro, insiste o espelho. Tudo que resta é a primeira pessoa, mas não o primeiro homem (talvez, o primeiro desejo confundido com amor). Ich habe keine Zeit. Ich bin in Eile. É São Paulo que insiste, mas é Pedro quem tem as visões. (Il gattopardo). Meu trovador sem lira escondeu o noigrandes e insiste na mesma. There was no answer. He knocked again more loudly and his hearth jumped when he heard a muffled voice say: “Come in!”. No beijo sintático, quando se abre o palco, em emoções sintéticas, quanto mais estranha a língua, mais sedutora. O que ela esconderia de segredo diante do público vazio? Il tempo necessario: un giorno. As chaves chacoalham no bolso. Sono stanco. Há uma certeza em mim que é quase uma indecência. É preciso estar sozinho, porém não há outra opção. A mulher para mim não era uma menina de seis anos, mas se equilibrava em um salto de 21 cm. L’hypocrisie liée à la carrière du regard. Eu finjo já que penso por mim, isso é por demais suficiente. Que me importa estes acúmulos de carne na estrada, estas carnes malcheirosas que se espalham. Não há fundamento. Há a voz e há o nada. O roubo secreto das palavras. No abandono da biblioteca: o refúgio da guerra, do assassinato. Há um perfume lascivo nas câmaras escusas, nas galerias ocultas, entre páginas proibidas. As estrelas giram. Algo se quebra. Tenho tanto ódio em mim que me afogo. Vômito as vísceras. Renego.
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Zuletzt tat er das, woran niemand dachte – er beging Selbstmord.
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